Certo dia pela manhã ao sair de casa o João reparou que alguma coisa tinha mudado, o céu estava muito escuro e até parecia que era noite. O vento estava mais frio do que era costume e no chão havia um manto de gelo que cobria o caminho e também as flores e ervas dos canteiros que a mãe tanto gostava de tratar.
Voltou a casa e foi buscar as luvas, o gorro e o cachecol que a avó Maria José lhe tinha oferecido no Natal do ano passado. O gorro era vermelho com um urso branco, as luvas vermelhas tinham dois ursinhos pequeninos de mãos dadas e o cachecol vermelho numa das pontas tinha a família completa de ursos polares.
Muito agasalhado por causa do frio lá foi a caminho da escola. A escola não era longe e por isso podia ir sozinho. O cão e a gata fizeram-lhe companhia como de costume só que desta vez iam aos pulinhos para aquecerem pois estava muito frio. No caminho encontrou alguns amigos que moravam na mesma aldeia, a Margarida, a Constança, o Mário a Joana Bonacho e o Gonçalo Escarameia. Também eles iam todos agasalhados por causa do frio.
Quando chegaram junto à ponte repararam que ao pé de uma árvore grande e sem folhas qualquer coisa se mexia. Foram-se aproximando devagarinho. O cão ladrava com muita força e a gata com o pêlo todo eriçado esgueirou-se para junto do João metendo-se por entre as pernas do dono. À medida que se iam aproximando começaram a distinguir formas que mais pareciam de um boneco de neve, branquinho e todo bem vestido que estava a calçar uns Skys. Junto a ele estavam umas espécies de bengalas.
- Olá, disseram os meninos espantados, pois nesta aldeia era raro nevar e agora ali estava um boneco de neve todo entretido a calçar-se.
- Ora bons dias meus amigos, parece-me que vão para a escola não é?
- Claro que sim disseram os amigos mas, quem és tu?
- Sou um boneco de neve.
- Sim isso estamos nós a ver, mas...perguntou a Margarida que era a mais espevitada, o que é que um boneco de neve faz na nossa aldeia se nós não temos neve?
- Como é que vieste aqui ter perguntou o João?
- Como te chamas perguntou a Constança?
Estavam eles nesta grande conversada quando de repente ouviram a campainha da escola a tocar. Estava na hora de ir para a sala, mas ao mesmo tempo os amigos não queriam deixar o boneco de neve sozinho debaixo da árvore. Então a Joana teve uma ideia. Olha porque não saltas para a mochila do Mário que é a maior e vens connosco para a escola? Boa ideia Joana, disseram os amigos.
- Está bem disse o boneco de neve, mas eu tenho que ter cuidado pois se a sala está muito quente eu posso ficar doente. Eu gosto mesmo é do frio. Não há problema disse a Margarida, dizemos à São e á Manuela para desligarem os aquecimentos. Com muito cuidado o Gonçalo Escarameia agarrou o boneco de neve e guardou-o na mochila do Mário. Desataram a correr para não chegarem atrasados. O Rodrigo que era outro menino da sala, já vinha ao fundo da rua com a mãe, pois era mais pequenino e ainda não sabia vir sozinho.
À porta da escola havia uma grande confusão, estavam a chegar as carrinhas que traziam os meninos para a escola. O Alexandre o Duarte e o Fonseca desceram os degraus e correram para dentro da escola pois o vento estava muito forte e frio. Encontraram no corredor o Gonçalo Roque e o Vasco que estavam com as mães pois elas trabalham na escola. O Vasco trazia o capote que o tio lhe tinha oferecido e o Gonçalo Roque mal se lhe viam os olhos pois tinha um gorro todo enterrado na cabeça para lhe tapar bem as orelhas.
- Bons dias amigos, temos uma surpresa, vamos para a sala disse o João.
A porta já estava aberta. A Joaninha estava a tirar o casaco e depois pendurou a mochila no cabide. O Fábio e a Daniela também já tinham chegado e já estavam sentados nos seus lugares. Já só faltava a Carolina. O Gonçalo Escarameia pensava: mas que bela surpresa que os nossos amigos vão ter. O João estava ansioso por contar aos colegas. O Mário não largava a mochila não fosse alguém tirar o que lá estava dentro. E a Margarida estava em pulgas para descobrir tudo sobre o boneco de neve.
Casacos tirados e mochilas penduradas foram sentar-se cada um falando mais depressa e mais alto do que o outro. Só o Mário é que trazia a mochila bem presa debaixo do braço.
Entretanto dentro da mochila o boneco de neve estava todo amachucado entalado entre uma mota e um Ferrari vermelho. Chega-te para lá motoreta que me estragas o meu gorro. Olha lá ó carro vermelho, tira o pneu de cima dos meus skys. O carro era muito vaidoso e nem sequer ligou ao que lhe dizia o boneco de neve. A mota lá deu uma voltinha e aliviou um pouco o boneco que já estava a sufocar de tão apertado que estava.
Cá fora a confusão era enorme todos falavam alto. A São estava a receber a Carolina e a Manuela tinha saído para abrir as janelas.
A sala estava fria pois os meninos estavam a voltar da interrupção do Natal, a escola tinha estado fechada e por isso sem aquecimento. Tinha a temperatura ideal para a surpresa que estava dentro da mochila.
Finalmente a São conseguiu que os meninos se acalmassem e pode dar os bons dias. Mas o grupo de amigos estava excitadíssimo. A Margarida pôs logo o braço no ar e disse que tinha uma novidade para contar. Todos se calaram e ela começou a contar o que se tinha passado no caminho para a escola. O João e o Gonçalo lá iam também ajudando. A São começou a ficar curiosa e a Manuela que costumava ir comprar as senhas para o almoço nem foi e ficou muito atenta a tudo quanto se dizia na sala. Então o Mário com muito cuidado abriu o fecho da mochila e lá de dentro espreitou um boneco de neve todo atrapalhado com o gorro à banda e os skys debaixo do braço.
Os outros meninos a São e a Manuela ficaram de boca aberta. Nem queriam acreditar no que estavam a ver ali no meio do tapete.
O boneco deu um salto e caiu de pé no chão. Olhou em volta, ajeitou o gorro e sentou-se no meio do tapete. Olá meninos, podem fechar a boca, eu sou só um boneco de neve que gosta muito de brincar com meninos como vocês. Nesta altura todos começaram a fazer perguntas ao mesmo tempo e ninguém se entendia.
Então a São pediu a todos atenção e pediu ao boneco de neve que contasse a sua história
Entretanto chegou a Teresa e o Filipe em bicos de pés como sempre faziam. Ficaram estupefactos com a presença do boneco de neve. O Filipe foi logo buscar a máquina fotográfica para registar o momento e sentaram-se muito atentos à história.
- O meu nome é Inverno mas todos me chamam o Sr. Inverno porque eu já tenho alguns anos. Quando apareço trago comigo o frio, vento, a chuva, a geada... Algumas árvores ficam despidas, como aquelas que estão junto à ponte e ao rio Sever. Os peixes escondem-se debaixo das pedras dos rios e lagos. A água fica gelada. Há mais erva do que flores, os dias são pequeninos e as noites são muito grandes. Sabe bem roupa, comidas e bebidas quentinhas. É muito bom estar ao lume a comer castanhas assadas e bolo de chocolate.
A minha família é muito grande tenho um irmão o Sr. Frio e duas sobrinhas a Chuvinha e a Geada que também gostam muito do frio como eu. Eu gosto muito de andar de sky, mas o meu irmão gosta mais do trenó, pois assim dá boleia às filhas. A minha namorada chama-se Neve e agora está longe, foi visitar a família ao pólo norte. Ontem telefonei-lhe e ela contou-me que tinha ido visitar o amigo urso polar que estava um pouco constipado pois mergulhou nas águas geladas do mar para caçar.
Os olhos dos meninos brilhavam de alegria e muito atentos ouviam a história fantástica do Sr. Inverno. O boneco era mesmo engraçado como seu nariz de cenoura, cachecol verde, gorro e blusa vermelhos aos quadrados. As botas eram pretas e deviam ser confortáveis. Os skys e apoios eram dourados da mesma cor do trenó do Pai Natal.
Mas o boneco não se calava e continuou a falar da sua família. Tenho três primos que eu gosto muito: o Sr. Outono, o Sr. Verão e a menina Primavera. Certamente que vocês já ouviram falar neles e de mim também, só que não me conheciam pessoalmente. Mas este ano resolvi fazer-lhes uma visita pois o meu grande amigo Rodolfo falou-me muito bem destes meninos. Contou-me que aprendem muitas coisas importantes, fazem trabalhos lindos. Também me explicou que embora muitas vezes brigassem uns com os outros, no fundo eram muito amigos. Ele gosta muito de estar nesta escola e de ir todas as noites para uma casa diferente. Disse-me que é muito bem tratado e que vocês todos lhe dão muitos abraços.
Todos os meninos estavam encantados com o Sr. Inverno e um pouco surpreendidos pois não esperavam que este boneco tão engraçado fosse amigo do Rodolfo a rena mais simpática e trabalhadora do mundo.
Então a São teve uma ideia:
- Ó Sr. Inverno quer ficar a morar na nossa sala? Nós gostávamos de ser seus amigos. E a estrelinha adorava um companheiro para contar histórias. A estrelinha piscou os olhos encantada com a proposta.
A Teresa que até agora tinha estado muito caladinha disse:
- Tenho a certeza que os meninos desta sala gostariam de leva-lo todas as noites para as suas casas como fazem com o Rodolfo.
- Boa!!!! Disseram todos ao mesmo tempo, entusiasmados com a ideia.
Do alto do móvel dos livros Rodolfo que até então tinha estado a observar o amigo Inverno a contar a sua história, disse:
- Bom há já algum tempo que estou longe da Rena Madalena e confesso que já estou com muitas saudades dela. O melhor é eu ir andando até ao pólo Norte para ver toda a minha família.
Os meninos ficaram com pena pois eram muito amigos do Rodolfo. Mas também compreendiam que o Rodolfo tinha que ir até à sua aldeia estar com toda a sua família. Ele já devia ter saudades de todos mas também de correr pelas florestas cheias de neve.
- Rodolfo para o ano voltas outra vez não é perguntou a Manuela?
- Claro que volto. Disse a rena com uma lágrima no canto do olho. Só que talvez tenham uma surpresa. Sou capaz de não vir sozinho.
- Vais trazer a Madalena perguntou a Daniela?
- Um... logo se verá. Bom está na hora de ir embora. Cuidem bem do meu amigo Inverno está bem?
Todos prometeram cuidar do Sr. Inverno, mas de repente a Margarida observou:
- Como é que o Sr. Inverno pode ficar na nossa sala e ir para as nossas casas se ele é feito de neve?
-Pois é diz o João, com o calor ele vai derreter...
De repente todos ficaram muito aflitos, como é que iriam resolver este problema.
- Não se preocupem disse o boneco de neve. Antes de vir visitar-vos fui à floresta dos duendes e falei com a fada branca que só aparece quando todos os campos estão cobertos de neve. Então ela tocou-me com a sua varinha de prata e ouro e muitas estrelinhas rodearam-me transformando-me num boneco de neve feito de algodão pronto para receber o calor dos vossos beijinhos e abraços.
Todos suspiraram aliviados, incluindo o Rodolfo que estava de partida.
- Adeus Rodolfo gritaram os meninos.
-Adeus bom amigo acenou o boneco de neve. Se encontrares o meu irmão diz-lhe para nos vir visitar.
Antes contudo o Filipe propôs que tirassem uma foto como recordação do dia em que um novo amigo tinha chegado á sala.
Voltou a casa e foi buscar as luvas, o gorro e o cachecol que a avó Maria José lhe tinha oferecido no Natal do ano passado. O gorro era vermelho com um urso branco, as luvas vermelhas tinham dois ursinhos pequeninos de mãos dadas e o cachecol vermelho numa das pontas tinha a família completa de ursos polares.
Muito agasalhado por causa do frio lá foi a caminho da escola. A escola não era longe e por isso podia ir sozinho. O cão e a gata fizeram-lhe companhia como de costume só que desta vez iam aos pulinhos para aquecerem pois estava muito frio. No caminho encontrou alguns amigos que moravam na mesma aldeia, a Margarida, a Constança, o Mário a Joana Bonacho e o Gonçalo Escarameia. Também eles iam todos agasalhados por causa do frio.
Quando chegaram junto à ponte repararam que ao pé de uma árvore grande e sem folhas qualquer coisa se mexia. Foram-se aproximando devagarinho. O cão ladrava com muita força e a gata com o pêlo todo eriçado esgueirou-se para junto do João metendo-se por entre as pernas do dono. À medida que se iam aproximando começaram a distinguir formas que mais pareciam de um boneco de neve, branquinho e todo bem vestido que estava a calçar uns Skys. Junto a ele estavam umas espécies de bengalas.
- Olá, disseram os meninos espantados, pois nesta aldeia era raro nevar e agora ali estava um boneco de neve todo entretido a calçar-se.
- Ora bons dias meus amigos, parece-me que vão para a escola não é?
- Claro que sim disseram os amigos mas, quem és tu?
- Sou um boneco de neve.
- Sim isso estamos nós a ver, mas...perguntou a Margarida que era a mais espevitada, o que é que um boneco de neve faz na nossa aldeia se nós não temos neve?
- Como é que vieste aqui ter perguntou o João?
- Como te chamas perguntou a Constança?
Estavam eles nesta grande conversada quando de repente ouviram a campainha da escola a tocar. Estava na hora de ir para a sala, mas ao mesmo tempo os amigos não queriam deixar o boneco de neve sozinho debaixo da árvore. Então a Joana teve uma ideia. Olha porque não saltas para a mochila do Mário que é a maior e vens connosco para a escola? Boa ideia Joana, disseram os amigos.
- Está bem disse o boneco de neve, mas eu tenho que ter cuidado pois se a sala está muito quente eu posso ficar doente. Eu gosto mesmo é do frio. Não há problema disse a Margarida, dizemos à São e á Manuela para desligarem os aquecimentos. Com muito cuidado o Gonçalo Escarameia agarrou o boneco de neve e guardou-o na mochila do Mário. Desataram a correr para não chegarem atrasados. O Rodrigo que era outro menino da sala, já vinha ao fundo da rua com a mãe, pois era mais pequenino e ainda não sabia vir sozinho.
À porta da escola havia uma grande confusão, estavam a chegar as carrinhas que traziam os meninos para a escola. O Alexandre o Duarte e o Fonseca desceram os degraus e correram para dentro da escola pois o vento estava muito forte e frio. Encontraram no corredor o Gonçalo Roque e o Vasco que estavam com as mães pois elas trabalham na escola. O Vasco trazia o capote que o tio lhe tinha oferecido e o Gonçalo Roque mal se lhe viam os olhos pois tinha um gorro todo enterrado na cabeça para lhe tapar bem as orelhas.
- Bons dias amigos, temos uma surpresa, vamos para a sala disse o João.
A porta já estava aberta. A Joaninha estava a tirar o casaco e depois pendurou a mochila no cabide. O Fábio e a Daniela também já tinham chegado e já estavam sentados nos seus lugares. Já só faltava a Carolina. O Gonçalo Escarameia pensava: mas que bela surpresa que os nossos amigos vão ter. O João estava ansioso por contar aos colegas. O Mário não largava a mochila não fosse alguém tirar o que lá estava dentro. E a Margarida estava em pulgas para descobrir tudo sobre o boneco de neve.
Casacos tirados e mochilas penduradas foram sentar-se cada um falando mais depressa e mais alto do que o outro. Só o Mário é que trazia a mochila bem presa debaixo do braço.
Entretanto dentro da mochila o boneco de neve estava todo amachucado entalado entre uma mota e um Ferrari vermelho. Chega-te para lá motoreta que me estragas o meu gorro. Olha lá ó carro vermelho, tira o pneu de cima dos meus skys. O carro era muito vaidoso e nem sequer ligou ao que lhe dizia o boneco de neve. A mota lá deu uma voltinha e aliviou um pouco o boneco que já estava a sufocar de tão apertado que estava.
Cá fora a confusão era enorme todos falavam alto. A São estava a receber a Carolina e a Manuela tinha saído para abrir as janelas.
A sala estava fria pois os meninos estavam a voltar da interrupção do Natal, a escola tinha estado fechada e por isso sem aquecimento. Tinha a temperatura ideal para a surpresa que estava dentro da mochila.
Finalmente a São conseguiu que os meninos se acalmassem e pode dar os bons dias. Mas o grupo de amigos estava excitadíssimo. A Margarida pôs logo o braço no ar e disse que tinha uma novidade para contar. Todos se calaram e ela começou a contar o que se tinha passado no caminho para a escola. O João e o Gonçalo lá iam também ajudando. A São começou a ficar curiosa e a Manuela que costumava ir comprar as senhas para o almoço nem foi e ficou muito atenta a tudo quanto se dizia na sala. Então o Mário com muito cuidado abriu o fecho da mochila e lá de dentro espreitou um boneco de neve todo atrapalhado com o gorro à banda e os skys debaixo do braço.
Os outros meninos a São e a Manuela ficaram de boca aberta. Nem queriam acreditar no que estavam a ver ali no meio do tapete.
O boneco deu um salto e caiu de pé no chão. Olhou em volta, ajeitou o gorro e sentou-se no meio do tapete. Olá meninos, podem fechar a boca, eu sou só um boneco de neve que gosta muito de brincar com meninos como vocês. Nesta altura todos começaram a fazer perguntas ao mesmo tempo e ninguém se entendia.
Então a São pediu a todos atenção e pediu ao boneco de neve que contasse a sua história
Entretanto chegou a Teresa e o Filipe em bicos de pés como sempre faziam. Ficaram estupefactos com a presença do boneco de neve. O Filipe foi logo buscar a máquina fotográfica para registar o momento e sentaram-se muito atentos à história.
- O meu nome é Inverno mas todos me chamam o Sr. Inverno porque eu já tenho alguns anos. Quando apareço trago comigo o frio, vento, a chuva, a geada... Algumas árvores ficam despidas, como aquelas que estão junto à ponte e ao rio Sever. Os peixes escondem-se debaixo das pedras dos rios e lagos. A água fica gelada. Há mais erva do que flores, os dias são pequeninos e as noites são muito grandes. Sabe bem roupa, comidas e bebidas quentinhas. É muito bom estar ao lume a comer castanhas assadas e bolo de chocolate.
A minha família é muito grande tenho um irmão o Sr. Frio e duas sobrinhas a Chuvinha e a Geada que também gostam muito do frio como eu. Eu gosto muito de andar de sky, mas o meu irmão gosta mais do trenó, pois assim dá boleia às filhas. A minha namorada chama-se Neve e agora está longe, foi visitar a família ao pólo norte. Ontem telefonei-lhe e ela contou-me que tinha ido visitar o amigo urso polar que estava um pouco constipado pois mergulhou nas águas geladas do mar para caçar.
Os olhos dos meninos brilhavam de alegria e muito atentos ouviam a história fantástica do Sr. Inverno. O boneco era mesmo engraçado como seu nariz de cenoura, cachecol verde, gorro e blusa vermelhos aos quadrados. As botas eram pretas e deviam ser confortáveis. Os skys e apoios eram dourados da mesma cor do trenó do Pai Natal.
Mas o boneco não se calava e continuou a falar da sua família. Tenho três primos que eu gosto muito: o Sr. Outono, o Sr. Verão e a menina Primavera. Certamente que vocês já ouviram falar neles e de mim também, só que não me conheciam pessoalmente. Mas este ano resolvi fazer-lhes uma visita pois o meu grande amigo Rodolfo falou-me muito bem destes meninos. Contou-me que aprendem muitas coisas importantes, fazem trabalhos lindos. Também me explicou que embora muitas vezes brigassem uns com os outros, no fundo eram muito amigos. Ele gosta muito de estar nesta escola e de ir todas as noites para uma casa diferente. Disse-me que é muito bem tratado e que vocês todos lhe dão muitos abraços.
Todos os meninos estavam encantados com o Sr. Inverno e um pouco surpreendidos pois não esperavam que este boneco tão engraçado fosse amigo do Rodolfo a rena mais simpática e trabalhadora do mundo.
Então a São teve uma ideia:
- Ó Sr. Inverno quer ficar a morar na nossa sala? Nós gostávamos de ser seus amigos. E a estrelinha adorava um companheiro para contar histórias. A estrelinha piscou os olhos encantada com a proposta.
A Teresa que até agora tinha estado muito caladinha disse:
- Tenho a certeza que os meninos desta sala gostariam de leva-lo todas as noites para as suas casas como fazem com o Rodolfo.
- Boa!!!! Disseram todos ao mesmo tempo, entusiasmados com a ideia.
Do alto do móvel dos livros Rodolfo que até então tinha estado a observar o amigo Inverno a contar a sua história, disse:
- Bom há já algum tempo que estou longe da Rena Madalena e confesso que já estou com muitas saudades dela. O melhor é eu ir andando até ao pólo Norte para ver toda a minha família.
Os meninos ficaram com pena pois eram muito amigos do Rodolfo. Mas também compreendiam que o Rodolfo tinha que ir até à sua aldeia estar com toda a sua família. Ele já devia ter saudades de todos mas também de correr pelas florestas cheias de neve.
- Rodolfo para o ano voltas outra vez não é perguntou a Manuela?
- Claro que volto. Disse a rena com uma lágrima no canto do olho. Só que talvez tenham uma surpresa. Sou capaz de não vir sozinho.
- Vais trazer a Madalena perguntou a Daniela?
- Um... logo se verá. Bom está na hora de ir embora. Cuidem bem do meu amigo Inverno está bem?
Todos prometeram cuidar do Sr. Inverno, mas de repente a Margarida observou:
- Como é que o Sr. Inverno pode ficar na nossa sala e ir para as nossas casas se ele é feito de neve?
-Pois é diz o João, com o calor ele vai derreter...
De repente todos ficaram muito aflitos, como é que iriam resolver este problema.
- Não se preocupem disse o boneco de neve. Antes de vir visitar-vos fui à floresta dos duendes e falei com a fada branca que só aparece quando todos os campos estão cobertos de neve. Então ela tocou-me com a sua varinha de prata e ouro e muitas estrelinhas rodearam-me transformando-me num boneco de neve feito de algodão pronto para receber o calor dos vossos beijinhos e abraços.
Todos suspiraram aliviados, incluindo o Rodolfo que estava de partida.
- Adeus Rodolfo gritaram os meninos.
-Adeus bom amigo acenou o boneco de neve. Se encontrares o meu irmão diz-lhe para nos vir visitar.
Antes contudo o Filipe propôs que tirassem uma foto como recordação do dia em que um novo amigo tinha chegado á sala.
História elaborada por Conceição Mota
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